sábado, 26 de maio de 2012

Um (não) faz de conta

 Aqui estou eu, sem nenhum sentimento inspirador por algo. Algo de carne, sangue e mãos. De algo, já formei alguém. Não me vejo mais em amores platônicos, não me vejo com os velhos frios na barriga, não me vejo mais escrevendo sobre coração partido ou inteiro. Meu coração está batendo, só. Graças à isso, estou por aqui dizendo, para mim mesma, que amar platônicamente me cansa agora. Sempre tão complicada. Tão confusa. Tão vulnerável às histórias de contos... Não existe nada disso, não é? Mas diga depois que pode-se chegar bem próximo disso. Seria como desfazer uma história do Noel e dizer que não irá mais dar presentes sendo você mesmo, sem a barba branca. No final de toda essa espera por alguém, não me diga que ele não virá.
Ele virá. Me verá.
Me apaixonar. Não de qualquer jeito por pensar que não tem jeito. É de se apaixonar e se sentir tranquila, em paz. De estar com o cara certo e se tornar a garota certa. Isso não me soa como um conto, mas soa bem também. Gostaria de ter algo agora, aqui. Abstrato demais isso. Bom, algo de carne, sangue e mãos. Alguém, concreto. 
Tão inteligente para escrever sobre o amor. Viver dele. Porém, parecem mais bonitos escritos.

sábado, 28 de janeiro de 2012

17:32 p.m.


Vem cá, vamos tomar um café. Depois de tanto tempo sem nos ver, precisamos colocar o papo em dia. O que eu tenho feito? Tenho saído, lutado pelo o que eu acredito, conhecido pessoas novas e desconhecido outras em que pensava que conhecia. Me sinto velha. E o meu coração? Porque não me pergunta como vai meu nariz com aquele velho problema de rinite? (risada) Mas, bem, meu coração está tranquilo. Ele tem aprendido a me amar primeiro. Vem cá, vou te contar mais...
A vida é engraçada, não é mesmo? Pois é. Ela vem me pregando peças que estou tentando cumprí-las sem bancar a boba. Ok! Tornar-me uma garota firme e racional me deu créditos de não me permitir sofrer. Me tornei crítica. Me tornei só, involuntariamente.
"Até aí, sou eu quem comando. Eu, a insensibilidade. Nada como uma pedra no lugar do coração."
O tempo. Um tempo. Eis uma peça! Nada como a vida para mudar os rumos. A tal peça tinha um cheiro bom, um encanto e um nome. Pronto. Meu quebra-cabeça começava a montar alguns pedaços de imagens de céu azul, sorrisos mais largos e, para minha surpresa, o encaixe de um sentimento. Era gostoso me sentir boba outra vez. Logo, dois prefixos foram descartados.
"Sou eu quem comando. Eu, a sensibilidade. Nada como o coração no lugar de uma pedra." Me doei para ele, voluntariamente. Eu gostava daquele sorriso em que os olhos sabem sorrir também. Como era possível eu caber naqueles olhos tão miúdos? (risos) Naqueles tais olhos que eu gostava quando abertos, mas que amava quando fechados diantes dos meus. Era carinho, vontade, calor e talvez amor através de beijos. Até acontecia de brigármos ou discutírmos, mas se com beijos ameniza um machucado, porque não amenizariam os nossos?
Pensava: "Que dure o quanto tiver que durar, que dure apenas enquanto for bom, que dure apenas enquanto fizer bem." Mas poderia permanecer assim. Já não era pensamento, era o coração que teimava em dizer certas coisas. Ninguém ali precisava se prender a algo para sempre. Mas é bom pensar em alguma coisa eterna, se é que me entende. O "para sempre" se tornou tão infantil que quando crescemos, achamos tudo isso ridículo. Bom, no meu caso, só não acredito em fadas.
Enfim, nós dois não nos enquadramos em "e viveram juntos". Mas, quem sabe, serão "felizes para sempre" em algum ponto do caminho que decidimos seguir em frente em lados opostos? Tão estranho, mas parecia ser necessário.
Em resumo, não somos iguais. Aliás, somos extremamentes diferentes. A não ser pela mesma quantidade de olhos, boca, nariz e um sentimento bom que temos um pelo outro.
Oi? Pagar a conta? Vamos. Vou te contar as novidades agora...