sábado, 14 de maio de 2011

Capítulo particular

Cabelos expressivos, olhar observador, ousadia para responder o que acha e o que não gosta mais. Essas são as características da inocência, quando coloca o pé fora de sua casa para poder sobreviver no mundo onde imaginava que as pessoas corresponderiam com muitos sorrisos. Nem mesmo estas olham para os olhos quando conversam. São medrosas, são indiferentes com qualquer ação de afetividade à primeira vista.
Antes da inocência ser motivos de tamanha transformação externa, não consistia a existência da desconfiança sobre outras pessoas ou ter problemas para abrir seu coração em que era crédulo através de tão pouca demonstração de uma boa impressão - era um típico blefe, impresso em olhares metidos a compreensivos. - Inocente inocência! Ali já era a entrega de sentimentos para o afago de uma conversa perniciosa. Sofreria mais tarde.
Consequentemente, veio as tais dores pelas quais aguentou sorrindo. Não era da inocência deixar de rir e agradar as pessoas ao seu redor, porém, ela não tinha mais o prazer em olhar nos olhos. Não tinha mais os olhos pedintes. Ela abdicou disso, pois, foi enganada por outros olhos que pareciam-lhe afagos. Os olhares se abaixaram. O tempo parecia lento para poder digerir cada lembrança daquela angústia que conseguia esquecer por apenas breves distrações, logo, as distrações se comprometiam a ajudar. Então, o tempo conseguiu dar um passo, dois passos a mais e passos contínuos até chegar ao mais certo ditado:

"O mundo dá voltas".



Inocência cresceu felizes e consideráveis centímetros de amadurecimento. Estava grande, embora, a aquisição da frieza era perceptível. Parecia que a fonte de lágrimas dentro de si finalmente havia secado com ela.
Pode-se resumir que o mundo deu suas voltas e colocou tudo no seu devido tempo e lugar. Ao sentimento que inocência tinha se sucumbido, ela, agora, consegue transparecer a mesma posição tanto por dentro quanto por fora, com o retorno dos olhos que apreciam olhar para outros olhos enquanto conversa. Era mais firme, sem dúvida, e obtinha a capacidade de falar, não ligar e não se importar com pensamentos alheios em relação à ela. Está aprendendo o que é ser forte.
Quando volta para casa, com seus cabelos expressivos, olhar observador, ousadia para responder o que acha e o que não gosta mais, ela se descasca desta frieza e força no refrigério da água que consiste em seu banho. Daí, encontra-se A inocência em seus pensamentos. Como quem não desiste de anjos, fadas, cegonhas com bebês, ilhas gregas, happy ends cinderelescos e valores possíveis no ser humano, ela ainda queria acreditar.

2 comentários:

  1. Gostei bastante do texto.
    Confesso que senti falta daqui.. Você continua escrevendo tão bem (ou até melhor) quanto eu me lembrava. Você vai longe, menina.

    ps: deletei, mas resolvi ressussitar o blog e pretendo levar adiante sem novos abandonos, daqui pra frente.

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  2. adoreeeeeeeeeeeeeei =)
    Estou seguindo, me segue também ?
    Beijo ;*

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o você acha disso, hm?